Alimentos vendidos como saudáveis que, na verdade, são ultraprocessados
Muitos consumidores buscam opções alimentares saudáveis nas prateleiras dos supermercados, mas vários desses produtos, carregando rótulos que prometem benefícios à saúde, são ultraprocessados. Esses produtos, algumas vezes, escondem realidades distintas, demonstrando que as aparências podem enganar.
A médica Lorena Cariello e a nutricionista Letícia Canelada, especialistas do Instituto Nutrindo Ideais, uniram forças para elucidar quais alimentos, embora pareçam saudáveis, contribuem para problemas de saúde.
Em entrevista ao portal Metrópoles, as profissionais ajudam a alertar os consumidores sobre os riscos ocultos no consumo de ultraprocessados disfarçados de bons para o organismo.
Produtos enganosos e suas consequências
Entre os produtos destacados estão o peito de peru, farinha láctea, sucos de caixinha, biscoitos integrais, barras de proteína, iogurtes adoçados ou com sabor, granola e doces “fit”.
A barra de cereais, unanimidade entre os especialistas, também figura nessa lista. Esses alimentos, embora populares, elevam o consumo de açúcares e adoçantes, potencializando riscos como obesidade, inflamação crônica e diabetes.
Segundo Lorena Cariello, o consumo frequente desses alimentos pode desencadear doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Em crianças, a ingestão de ultraprocessados afeta negativamente seu crescimento e desenvolvimento.
Leticia Canelada ressalta que aditivos e conservantes em tais produtos são “potenciais disruptores endócrinos”.
Como identificar e evitar armadilhas
Para evitar a compra desses produtos, as especialistas aconselham atenção redobrada aos rótulos. Ingredientes desconhecidos, como aditivos e conservantes, devem ser motivo de alerta.
Cariello explica que açúcares frequentemente aparecem disfarçados sob nomes como sacarose ou maltodextrina. A presença de adoçantes como aspartame e sucralose também merece cautela.
Cabe lembrar ainda que rótulos como “light” ou “fitness” frequentemente mascaram ingredientes prejudiciais. A médica recomenda a análise cuidadosa das informações nutricionais, especialmente quanto às gorduras saturadas e trans.
As especialistas recomendam que o consumidor adote as seguintes atitudes para evitar armadilhas no supermercado:
- Ler a lista de ingredientes.
- Evitar produtos com mais de cinco componentes desconhecidos.
- Verificar a presença de gorduras hidrogenadas.
- Ficar atento a aditivos como glutamato monossódico. Seguindo essas orientações, consumidores poderão tomar decisões mais informadas e evitar armadilhas alimentares.
*Com informações do Metrópoles.
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