O papel higiênico é um item indispensável na rotina moderna, mas sua popularização ocorreu apenas no século 19. Antes disso, diferentes civilizações desenvolveram métodos alternativos para a higiene íntima, utilizando materiais disponíveis em seu ambiente. Folhas, tecidos e até esponjas comunitárias faziam parte do cotidiano de várias sociedades.
As soluções variavam conforme o período e a cultura. Enquanto alguns povos recorriam a elementos naturais, outros criaram instrumentos específicos para a limpeza.
Apesar da praticidade atual, esses métodos revelam como a necessidade de higiene sempre esteve presente na história da humanidade.
Nas civilizações antigas, a limpeza era feita com o que estivesse ao alcance. Por exemplo, os romanos utilizavam o tersorium, um bastão com uma esponja na ponta, que ficava imerso em água salgada ou vinagre para ser reutilizado em banhos públicos. De forma semelhante, os gregos recorriam a pedras lisas ou fragmentos de cerâmica.
Em regiões com vegetação abundante, folhas de árvores eram amplamente utilizadas. Povos asiáticos e nativos americanos, por exemplo, aproveitavam folhas largas e macias, além de musgo e cascas de coco. Na Índia, relatos históricos indicam o uso de água para a higiene, uma prática que ainda é comum em diversas culturas.
Na Europa medieval, a higiene era menos sofisticada. Por essa razão, as pessoas utilizavam feno, palha ou até mesmo as bordas de suas roupas. Além disso, os recursos eram limitados e a limpeza corporal, muitas vezes, não era prioridade.
No século 16, tecidos começaram a ser usados para a higiene pessoal, principalmente entre a nobreza. Lenços de renda, veludo e cetim eram comuns entre os mais ricos, enquanto os menos favorecidos utilizavam pedaços de cânhamo e linho. Esse costume refletia o status social e a busca por mais conforto.
No século seguinte, jornais e catálogos passaram a ser reaproveitados para esse fim, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. O papel ainda era um recurso caro, mas a impressão em larga escala tornou seu uso mais acessível. Escavações já encontraram evidências de manuscritos utilizados dessa maneira.
Foi apenas no século 19 que o papel higiênico, como o conhecemos hoje, começou a ser produzido comercialmente. O americano Joseph Gayetty lançou a primeira versão em 1857, e décadas depois, os irmãos Scott aperfeiçoaram o modelo em rolo. Desde então, o item se tornou essencial, substituindo métodos improvisados ao longo dos séculos.
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