Brasil aposta em agricultura espacial e envia plantas ao espaço
No início deste ano, sementes de grão-de-bico e batata-doce cultivadas no Brasil embarcaram em um voo suborbital da Blue Origin. Essa missão marcou um avanço significativo na agricultura espacial brasileira.
A iniciativa é parte de um projeto global voltado para a sustentabilidade fora da Terra.
O conceito de agricultura espacial surge dentro do Acordo Artemis, estabelecido pela NASA e parceiros internacionais em 2020. O acordo tem como objetivo expandir a presença humana na Lua e em Marte.
Diferentemente das missões Apollo, a meta é a criação de bases permanentes nesses corpos celestes.
Para o Brasil, a adesão ao Acordo Artemis em 2021 trouxe a oportunidade de colaborar com a Embrapa. A organização, renomada em pesquisa agrícola, vê no projeto uma chance de desenvolver tecnologias que também beneficiarão o solo nacional.
Importância e desafios da agricultura espacial
Com 55 países assinando o Acordo Artemis, o Brasil destaca-se pela pesquisa agrícola. A Rede Space Farming Brasil, composta por 56 pesquisadores de 22 instituições, lidera essas iniciativas. Os testes com sementes brasileiras fornecem dados sobre o cultivo em condições espaciais.
Entre os desafios enfrentados estão a microgravidade, a radiação cósmica e a falta de solo e atmosfera. Esses fatores exigem adaptações específicas, como o uso de técnicas de aeroponia e hidroponia para cultivo fora da Terra.
Espécies escolhidas para o espaço
A escolha do grão-de-bico e da batata-doce para os testes espaciais não foi aleatória. Ambas as plantas oferecem alto valor nutricional e adaptabilidade.
O grão-de-bico, rico em proteínas, e a batata-doce, em betacaroteno, são ideais para uma dieta espacial.
Impacto no futuro da agricultura terrestre
As inovações geradas por essas pesquisas prometem beneficiar também a agricultura no Brasil. Novas variedades de plantas, mais eficientes no uso de água e adaptáveis a condições extremas, podem surgir a partir dos experimentos espaciais.
A pesquisa espacial já trouxe avanços, como fazendas verticais e tecnologias sustentáveis. Agora, espera-se que o conhecimento adquirido fortaleça a segurança alimentar em regiões afetadas por mudanças climáticas, garantindo um futuro mais resiliente.
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