Há muito tempo, quando se falava em chips cerebrais, pensava-se em filmes de ficção científica. Sonhava-se com um tempo em que as pessoas – sobretudo aquelas que, por um ou outro motivo, perderam os movimentos dos membros – poderiam recobrá-los com um pequeno dispositivo implantado em região estratégica do cérebro.
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Hoje, em 2023, esta pode ser uma realidade mais próxima de nós do que se imagina. Isso porque a empresa do bilionário Elon Musk está avançando a passos largos neste campo da ciência.
A Neuralink, companhia à frente desta nova tecnologia, avançou tanto que está pronta para dar um passo definitivo: testar o implante em seres humanos. O anúncio foi feito na última terça-feira, 19 de setembro.
E não há com o que se preocupar. Por meio de um comunicado à imprensa, a Neuralink pontuou que já recebeu aprovação de um conselho independente para começar o recrutamento a interessados no teste.
E que, em maio deste ano, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) – o equivalente à Anvisa na terra do Tio Sam – já havia autorizado os testes em humanos.
Quem pode se candidatar ao estudo com chips cerebrais?
O formulário liberado pela empresa aceita apenas candidaturas de pacientes com paralisia em decorrente de lesão da medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica. Além disso, é necessário que tenham mais de 22 anos e que tenham suporte de um cuidado.
Objetivo dos testes
A ideia é que, inicialmente, os pacientes consigam controlar um teclado de computador usando apenas seu pensamento. E o objetivo da empresa, no momento, é testar a segurança e a eficácia do chip cerebral.
E, claro, também a segurança do robô “cirurgião” que vai colocar os fios ultrafinos e flexíveis do implante. O dispositivo será colocado em uma região do cérebro que controla a intenção do movimento do corpo, explicou a Neuralink em pronunciamento feito à imprensa.
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