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Como identificar as serpentes mais peçonhentas do Brasil?

O Brasil, com sua vasta biodiversidade, é lar de algumas das serpentes mais venenosas do mundo, e compreender suas características e habitats naturais é crucial para prevenir incidentes. No país, aproximadamente 370 espécies de serpentes são encontradas, das quais 55 são peçonhentas.

Enquanto as espécies peçonhentas apresentam presas especializadas para a inoculação de veneno, as não peçonhentas podem ter toxinas, mas sem a capacidade de injetá-las. Logo, evitar acidentes depende, muitas vezes, de saber identificar essas diferenças.

Em caso de picada, é imprescindível buscar atendimento médico de imediato, além de levar, se possível, informações sobre o réptil agressor. Isso ajuda na escolha do tratamento correto e na administração do soro antiofídico adequado.

Cascavéis são serpentes famosas por terem um tipo de chocalho na ponta da cauda – Imagem: Wikipédia

Como identificar serpentes peçonhentas?

Jararacas, cascavéis e surucucus têm fossetas loreais sensoriais — órgãos situados entre os olhos e as narinas do réptil, que têm a função de distinguir oscilações térmicas no ambiente — para detectar presas, enquanto as corais-verdadeiras não apresentam essa estrutura.

Além disso, as cascavéis são facilmente reconhecidas pelo som do chocalho na cauda. A dentição também é um dos fatores essenciais para reconhecer serpentes.

As categorias são:

  • Áglifa: sem presas especializadas, exemplo das jiboias;

  • Opistóglifa: presas na parte posterior, como corais-falsas;

  • Proteróglifa: presas na parte anterior, como corais-verdadeiras;

  • Solenóglifa: presas grandes e retráteis, como jararacas.

Nunca tente manipular uma cobra para examinar sua boca. Na dúvida, contate os órgãos competentes, como o Centro de Controle de Zoonoses ou os Bombeiros.

Abaixo, veja as principais serpentes peçonhentas do Brasil:

Serpente Distribuição territorial Tipo de veneno
Cascavel Cerrado, Caatinga, também na Venezuela e Argentina Neurotóxico e miotóxico
Jararaca São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Argentina e Paraguai Hemotóxico
Coral verdadeira Paraná, São Paulo, Bahia, Argentina e Paraguai Neurotóxico
Surucucu Amazônia e Mata Atlântica, como Amazonas e Bahia Hemotóxico e neurotóxico

Cuidados e tratamento

Para prevenir acidentes, utilize calçados que cubram totalmente os pés e até as canelas em áreas de vegetação densa e evite mexer em tocas.

Manter o entorno das residências limpo ajuda a diminuir a presença de cobras e outras criaturas. Caso ocorra um incidente, é essencial buscar ajuda médica sem tentar extrair o veneno.

O soro é o tratamento principal para as picadas de serpente. No Brasil, o Instituto Butantan é o responsável pela produção de diferentes tipos conforme o veneno:

  • Soro antibotrópico: jararaca;

  • Soro anticrotálico: cascavel;

  • Soro antielapídico: coral-verdadeira;

  • Soro antibotrópico-laquético: surucucu.

Com a informação correta e ações rápidas, é possível minimizar os riscos e garantir a segurança em locais onde esses répteis estão presentes.

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