O advento das redes sociais, inicialmente projetadas para unir amigos e promover o networking, está transformando esses espaços em verdadeiros campos minados. O aumento da presença de empresas nessas plataformas está esbatendo as fronteiras entre vida pessoal e profissional.

Atualmente, uma postagem mal interpretada pode trazer severas consequências, como a perda de um emprego, mesmo quando o funcionário acredita estar exercendo sua liberdade de expressão.

Nos últimos anos, o número de demissões devido a comportamentos inadequados em redes sociais tem aumentado consideravelmente. Um notório caso envolveu uma funcionária do Ministério da Igualdade Racial, que em 2023 foi dispensada após criticar a torcida de um clube de futebol em suas redes.

O ministério alegou “desalinhamento” entre a postura da funcionária e os valores institucionais. Esse episódio reflete a crescente vigilância empresarial sobre o comportamento on-line dos funcionários, expandindo o controle corporativo além dos limites físicos.

Vigilância dos profissionais no setor privado

No setor privado, essa vigilância é ainda mais intensa, com diversas empresas estabelecendo códigos de conduta digital para resguardar suas marcas.

Segundo a advogada Karim Kramel, especialista em direito digital:

“O que um funcionário publica fora do expediente pode afetar sua empregabilidade, especialmente se suas opiniões forem publicamente associadas à empresa.”

Desde postagens inofensivas até críticas diretas estão sob inspeção.

Legislação e direitos individuais

No Brasil, a legislação trabalhista não aborda diretamente o comportamento nas redes sociais, mas isso não impede medidas punitivas.

O artigo 482 da CLT permite demissões por justa causa se houver quebra de confiança entre empregado e empregador. Publicações ofensivas ou divulgação de informações sigilosas, por exemplo, podem justificar essa medida.

Contudo, o artigo 5º da Constituição brasileira garante a liberdade de expressão; no entanto, como Kramel enfatiza, esse direito não é absoluto.

Desafios e recomendações

A linha entre o controle corporativo e os direitos individuais é tênue. Larissa Salgado, advogada trabalhista, destaca que não há regras claras sobre como lidar com postagens nas redes sociais. As empresas podem orientar com treinamentos, mas impor sanções severas sem justificativas claras pode gerar contestações legais.

Assim, as implicações das redes sociais no trabalho são complexas, e os profissionais precisam estar atentos ao impacto de seu comportamento on-line.

Enquanto as postagens online ganham peso nas decisões de empregabilidade, as empresas devem assegurar que suas políticas sejam justas e proporcionais aos danos. Para os trabalhadores, a recomendação é clara: a prudência nas redes é essencial.

*Com informações da Veja.

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Rayfran

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