Está marcada para acontecer entre esta sexta-feira (29) até o próximo domingo (1), a greve nacional dos entregadores de aplicativo. O objetivo dos profissionais é conseguir pressionar empresas e o próprio governo federal a melhorar a proposta de regulamentação do serviço prestado para as plataformas.
Desde o início deste ano o Ministério do Trabalho e Emprego deu início a um grupo de trabalho (GT) composto por membros do governo, dos motoristas e entregadores de aplicativo e das plataformas. Mas, embora a última reunião tenha sido recente, em setembro, não houve acordo sobre as propostas apresentadas.
A ideia dos profissionais desta área era de que eles pudessem receber um valor maior por hora logado no aplicativo. Isso significa que teriam acesso a uma quantia mínima enquanto estivessem online na plataforma, aguardando viagens. Também é discutida proposta de contribuição previdenciária, e seguros.
Acontece que a quantia solicitada pelos entregadores de aplicativos é de no mínimo de R$ 35,76 por hora logada para motoristas e motociclistas, e de R$ 29,63 para os ciclistas. Por outro lado, as empresas só querem pagar R$ 17 por hora trabalhada para motoristas e até R$ 7 para os ciclistas.
Diante das divergências de opinião, foi anunciada a greve da categoria. Escolhido para um final de semana, a paralisação deve afetar os lucros das empresas como Uber, iFood, Rappi, 99, Zé Delivery, Lalamove, e tantas outras que dependem destes profissionais para chegarem ao seu cliente.
“Até aqui, as empresas de app promoveram a maior precarização trabalhista jamais vista no país, onde fogem de todas as responsabilidades sociais, negam reiteradamente aumentos nas entregas – sendo 7 anos sem reajuste, e exploram os entregadores que não têm outra alternativa a não ser permitir esse abuso”, disseram os entregadores à Revista Fórum.
Os representantes dos motoristas e entregadores de aplicativos articularam o início de uma greve para esta sexta-feira (29), com previsão de término em 1º de outubro, domingo. Inicialmente, a paralisação aconteceria no dia 18 de setembro, mas os trabalhadores resolveram esperar esperançosos por mudanças.
Como as discussões sobre aumentar o valor da hora de trabalho não avançou, e as empresas continuam mantendo a quantia proposta inicialmente, a paralisação deve acontecer no dia de hoje (29). Inicialmente, os representantes da categoria em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal haviam confirmado a adesão.
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