Existe 911 no Brasil? Como o número de emergência funciona aqui
Quando se fala em emergência, o número 911 é conhecido por muitos, graças a filmes e músicas dos Estados Unidos. A verdade é que, desde 2013, esse número foi incorporado aos serviços de emergência no Brasil, junto com o 112, o padrão europeu. A decisão foi tomada pela Anatel, a agência que regula as telecomunicações no país, e continua válida até hoje.
Aqui, o tradicional 190 ainda é o principal número para emergências. Contudo, ao discar 911 ou 112, a ligação é redirecionada para a central do 190, atendida pela Polícia Militar. A principal diferença é que esses números alternativos funcionam somente em chamadas feitas por celular. Ou seja, se você tentar de um telefone fixo, não vai funcionar.
A integração do 911 com os serviços brasileiros
Imagem: Shutterstock
A inclusão do 911 e do 112 como números de emergência no Brasil trouxe uma série de benefícios para quem precisa de ajuda rápida. Primeiramente, facilita para turistas que estão acostumados com esses números em seus países de origem. Além disso, as operadoras de telefonia são obrigadas a fornecer a localização geográfica do usuário que faz a chamada, facilitando o atendimento em casos de violência ou emergências médicas.
A medida também serve como uma segurança extra para situações em que o usuário pode estar em risco e não conseguir fornecer sua localização. Assim, os serviços de emergência conseguem mapear rapidamente onde a pessoa está e prestar o socorro necessário de forma eficiente.
Como funcionam os outros números de emergência no Brasil
No Brasil, além do 190, outros números de emergência continuam ativos e são igualmente importantes. Ou seja, o 193, por exemplo, é o número para chamar o Corpo de Bombeiros, essencial em casos de incêndios e resgates. A Polícia Rodoviária Federal pode ser acionada pelo 191, e a Polícia Rodoviária Estadual pelo 198. Para desastres naturais e outras emergências, o 199 da Defesa Civil é a escolha certa.
Em situações de saúde, o 192 do SAMU é o serviço mais rápido para emergências médicas. Há também o 180, destinado à Central de Atendimento à Mulher, essencial em casos de violência doméstica. Os Direitos Humanos podem ser contatados pelo 100, enquanto o Procon, para questões de defesa do consumidor, está disponível pelo 151. Por fim, a Receita Federal pode ser acionada pelo 146 para assuntos fiscais.
A lógica por trás do 911 e outros números de emergência
A escolha do número 911 não é por acaso. Deve ser fácil de lembrar e discar rapidamente, mas difícil de acionar por acidente. Por isso, os EUA adotaram o 911, que equilibra a rapidez com a baixa probabilidade de erros. Já na Europa, o 112 segue a mesma lógica, sendo rápido de discar e difícil de acionar sem querer. No Reino Unido, o 999 é mais lento para discar (considerando os telefones antigos), mas quase impossível de ser acionado acidentalmente.
Os números de emergência foram escolhidos levando em conta a rapidez de discagem e a dificuldade de erros. Por exemplo, discar um “9” levava mais tempo nos antigos telefones de discagem rotativa, enquanto o “1” era bem mais rápido.
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