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Haddad dá declaração desanimadora para brasileiros que desejam comprar um carro

Desde que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) anunciou que o governo estuda medidas para baratear o preço de carros populares, as expectativas dos brasileiros que sonham com um veículo novo começaram a aumentar. Contudo, a notícia pode não ser tão boa quanto esperado.

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Pouco tempo após o anúncio do pacote, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deu uma declaração que desanimou um pouco os consumidores. Segundo ele, o programa de incentivo será curto.

“Estamos falando de um programa que pode durar três ou quatro meses, não é estrutural”, declarou o ministro.

Muita gente foi pega de surpresa, já que o tempo necessário para se planejar para comprar o tão sonhado automóvel 0 km costuma ser maior para a maioria das pessoas. Contudo, a ideia de Haddad é manter o pacote de ações ativo somente até o governo conseguir cortar os juros.

“Estamos começando o ciclo de redução dos juros brevemente, o próprio presidente do Banco Central tem dito que as coisas estão se alinhando nesse sentido”, afirmou em entrevista à GloboNews.

A duração do pacote continua indefinida, já que parte dos membros do governo ligados ao vice-presidente defende a continuidade das medidas por um prazo maior.

Montadoras insatisfeitas

A possibilidade de uma redução nos preços por um tempo tão curto também não deve agradar as montadoras. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, a expectativa do setor é de um pacote com duração de pelo menos 12 meses.

O executivo acredita que nesse tempo as fabricantes poderão aumentar suas vendas em cerca de 300 mil veículos. No entanto, o número será bem menor caso o prazo adotado fique abaixo de um ano.

Carro popular

Alckmin anunciou na última semana que o governo vai cortar impostos como IPI e PIS/Cofins para diminuir o preço de automóveis novos que custam até R$ 120 mil. Segundo ele, a proposta considera que “hoje o carro mais barato é quase R$ 70 mil”.

“Vamos ter uma metodologia combinando o preço mais barato [populares], eficiência energética e densidade industrial, para colocar esse desconto no preço do veículo”, afirmou o vice-presidente.

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