A comunidade médica se reuniu em Londres para o Congresso Europeu de Cardiologia, realizado em setembro.
Um dos destaques do evento foi a apresentação das novas diretrizes de hipertensão, que reavaliam os parâmetros para diagnóstico e tratamento de pacientes com pressão alta.
Esta atualização dos especialistas é significativa, pois destaca a necessidade de intensificar o tratamento nos estágios iniciais da doença.
A nova classificação define “pressão arterial elevada” entre 120 por 70 mmHg e 139 por 89 mmHg, alterando a percepção de quando o tratamento deve ser iniciado.
Já a hipertensão é identificada quando os níveis ultrapassam 140 por 90 mmHg.
Antes, os índices eram divididos em seis categorias:
Estas mudanças visam evitar complicações cardiovasculares ao tratar a condição mais cedo.
No evento, especialistas discutiram como essas diretrizes podem impactar a prática clínica.
Enquanto alguns acreditam que a nova categoria melhora a compreensão da progressão gradual da pressão arterial, outros avaliam que ela pode causar confusão entre pacientes e profissionais de saúde.
A simplificação nas classificações busca uma intervenção precoce, especialmente em grupos de risco. Bill McEvoy, da Universidade de Galway, enfatiza a importância dessa estratégia para prevenir doenças cardiovasculares.
No entanto, Luiz Bortolotto, do InCor, alerta para possíveis confusões causadas pela nova categoria.
As diretrizes introduzem recomendações para incrementar o consumo de potássio e a prática de exercícios específicos.
É importante notar que a suplementação de potássio deve ser feita com cautela para evitar complicações renais. Os treinos resistidos também ganham destaque como aliados na redução da pressão arterial.
Agora, o tratamento inicial pode incluir duas classes de medicamentos, visando controlar a hipertensão de forma mais eficaz.
Este método pode aumentar a taxa de sucesso no controle da pressão arterial, ajudando a reduzir a mortalidade cardiovascular.
Os especialistas recomendam a medição regular da pressão a partir dos três anos de idade. Após os 40 anos, avalia-se anualmente.
Diagnósticos precisos são fundamentais, utilizando-se de monitoramento residencial para evitar casos de hipertensão mascarada ou do jaleco branco, que podem distorcer os resultados em consultório.
As mudanças visam à prevenção proativa das doenças cardiovasculares. Enquanto a comunidade médica debate suas implicações, o foco permanece na saúde do paciente e na eficácia dos tratamentos.
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