Câmbio automático, motor com potência acima de 1.0, ar condicionado e tantos outros itens de fábrica: os modelos contemplados pelo programa de descontos do Governo Federal para a compra de carros zero km são muito superiores aos que deram origem à expressão “carro popular” nos anos 1990.
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A partir da Medida Provisória, já é possível encontrar modelos abaixo dos R$ 60 mil, além de descontos que podem ultrapassar a casa dos R$ 20 mil. Isso porque, além do pacote de incentivos do governo, as próprias empresas também estão oferecendo descontos para estimular o consumo.
Na prática, dos 54 modelos participantes do programa, pelo menos 33 vêm equipados com ar-condicionado. Vale ressaltar que mesmo os carros mais básicos trazem itens de conforto e segurança, como painel multimídia e câmera de ré.
Já quando o assunto é potência de motor, 16 modelos possuem potência 1.0, enquanto a mesma quantidade tem motor 1.6, outros 12 com motor 1.3 e, por fim, três com motor 1.4. Outros sete tem identificação por siglas, mas possuem potência superior a 100 cavalos.
Deste total, 21 modelos também são equipados com câmbio automático, item raro nos populares de antigamente. Além disso, 40 possuem motor flex.
Em suma, o programa do governo federal terá validade de quatro meses ou até que se atinja o limite disponibilizado para financiamento do programa. Entretanto, vale lembrar que não necessariamente o preço do anúncio das montadoras é o mesmo do praticado pelas concessionárias. Isso porque elas têm autonomia para definição do valor final.
Para chegar ao cálculo do valor do desconto final, o governo se baseou em quatro critérios: fonte de energia, consumo energético, preço e densidade produtiva, ou seja, a porcentagem do carro que é produzida no Brasil.
Também é importante ressaltar que para garantir o sustento do programa, o governo federal irá antecipar a retomada da cobrança de impostos sobre o óleo diesel, como, por exemplo, o Pis e o Cofins. Antes previsto para janeiro do próximo ano, agora ocorrerá em duas etapas: setembro deste ano e janeiro de 2024.
Na prática, a medida de reoneração do diesel vai gerar uma arrecadação de R$ 2 bilhões até o ano que vem, ou seja, mais do que o R$ 1,5 bilhão necessários para o custeio da queda de preço dos carros populares, caminhões e ônibus.
Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontam que houve o licenciamento de 127,5 mil carros no mês de maio. Na prática, esse número é 7,9% maior que abril (118,2 mil). Entretanto, quando se observa o comparativo anual, houve uma queda de 8,6%.
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