
A opção por cães como companheiros em vez de filhos está se tornando um fenômeno global, com diversas implicações sociais e culturais. Enquanto as taxas de natalidade continuam a cair, a presença de cães nos lares cresce significativamente, refletindo uma mudança nos valores e prioridades das famílias modernas.
A Espanha, por exemplo, já observa mais cães do que crianças em suas ruas, um indicador claro dessa nova tendência. Mas o que está por trás dessa transformação? Para muitos, os cães representam uma alternativa viável e menos onerosa em comparação à criação de filhos, em um mundo cada vez mais desafiador economicamente.
Por que as pessoas querem ter cães e não filhos?
Ter filhos, em muitos países, tornou-se uma escolha complexa. O mercado de trabalho exige dedicação intensa, especialmente das mulheres, o que adia os planos de maternidade. Além disso, a instabilidade financeira e a falta de suporte social dificultam ainda mais a decisão de ter filhos.
Além dos desafios financeiros, há uma mudança nos valores sociais. Modelos mais inclusivos e diversos de família emergem, reduzindo a pressão para seguir os antigos padrões de parentalidade. Esse novo cenário permite que as pessoas explorem outras formas de encontrar realização pessoal.
Mais que pets, agora membros da família
Historicamente, os cães desempenhavam papéis práticos como vigias ou ajudantes na caça. Hoje, evoluíram para membros das famílias, oferecendo companhia e uma conexão emocional única.
Essa mudança se alinha ao instinto humano de cuidar e proteger, agora expandido para além da própria espécie. Estudos mostram que a interação com cães ativa no cérebro áreas ligadas ao apego e à empatia, semelhantes às que se manifestam com crianças.
Além disso, os cães também produzem ocitocina, o “hormônio do amor”, fortalecendo a conexão com seus tutores.
Uma escolha consciente, não um substituto

Foto: iStock
Importante destacar que, ao optar por ter um cão, a maioria das pessoas não busca substituir filhos humanos. Trata-se de uma decisão deliberada, baseada no estilo de vida e nos valores de cada um, reconhecendo as diferenças e necessidades únicas de um animal de estimação.
Assim, enquanto alguns lares combinam crianças e cães, outros escolhem apenas um cão como parte significativa da família. Essa escolha reflete uma forma válida e completa de expressar amor e cuidado, adaptada ao mundo contemporâneo.
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