Na última quarta-feira, 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, uma “emergência de saúde global” pela segunda vez em dois anos.
A doença, que já causou a morte de pelo menos 450 pessoas durante um surto na República Democrática do Congo, tem preocupado autoridades de saúde globalmente. Inicialmente restrita a partes da África Central e Oriental, a mpox agora está se espalhando rapidamente, com uma nova variante apresentando uma alta taxa de mortalidade.
Diante dessa situação, a OMS alertou nesta quinta-feira, 15 de agosto, sobre a possibilidade de novos casos de mpox na Europa, após uma variante ter sido detectada na Suécia, marcando a primeira ocorrência fora do continente africano.
Foto: Shutterstock
A mpox é uma doença viral causada pelo vírus da família Orthopoxvirus, o mesmo grupo de vírus que inclui o agente causador da varíola humana.
Ela foi identificada pela primeira vez em 1958, quando dois surtos ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa. No entanto, o primeiro caso em humanos foi registrado em 1970, na República Democrática do Congo.
A doença é considerada zoonótica, o que significa que pode ser transmitida de animais para humanos, mas também pode se espalhar entre humanos por meio de contato próximo com uma pessoa infectada, incluindo contato direto com lesões cutâneas, fluidos corporais ou materiais contaminados, como roupas de cama.
Os sintomas da mpox são semelhantes, mas menos graves, aos da varíola. Eles incluem febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão.
Um dos sinais mais característicos da doença é o surgimento de uma erupção cutânea, que geralmente começa no rosto e se espalha para outras partes do corpo, incluindo mãos, pés e genitais.
A erupção progride para pústulas e crostas, que eventualmente caem.
Os sintomas geralmente aparecem entre 5 e 21 dias após a exposição ao vírus, e a doença pode durar de 2 a 4 semanas.
Embora a maioria dos casos seja leve, a mpox pode ser grave, especialmente em indivíduos imunocomprometidos, crianças e pessoas com comorbidades.
Embora existam vacinas para a mpox, elas são geralmente aplicadas apenas em pessoas em risco ou que estiveram em contato próximo com uma pessoa infectada.
De acordo com uma publicação do site InfoMoney, a OMS solicitou que farmacêuticas apresentem suas vacinas contra a mpox para uso emergencial, mesmo que elas ainda não tenham sido formalmente aprovadas.
Para reduzir as chances de transmissão, é importante evitar o contato próximo com qualquer pessoa que tenha a mpox e sempre lavar as mãos com sabão e água. Além disso, todos os infectados devem se isolar até que todas as suas lesões tenham desaparecido
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