Por que alguns sons, como unhas raspando no quadro, provocam desconforto imediato

Para a maioria das pessoas, o som de unhas em um quadro negro é extremamente desagradável. No entanto, indivíduos com misofonia vivem essa experiência a cada mastigação ou clique de caneta que ouvem.
Este transtorno neurológico gera reações emocionais intensas e negativas a sons rotineiros.
A misofonia impacta a vida de quem sofre desse transtorno. Além do incômodo dos sons, há uma carga emocional de raiva e ansiedade intensa. Essa condição pode dificultar interações sociais e, em casos mais graves, levar ao isolamento.
Causas neurológicas da misofonia
Estudos recentes sugerem uma ligação entre a misofonia e uma hiperconectividade cerebral. A interação entre o córtex auditivo e o sistema límbico, particularmente a amígdala, é responsável pela intensa resposta emocional a sons específicos.
Em 2017, uma pesquisa publicada na Current Biology revelou que indivíduos com misofonia apresentam reações exageradas em certas áreas cerebrais. Isso indica que o problema não é apenas auditivo, mas está ligado ao processamento emocional desses estímulos.
Sintomas e impactos na vida diária
Os principais sintomas incluem irritação extrema, raiva, aumento da frequência cardíaca e sensação de pânico ao ouvir sons gatilhos. A necessidade de evitar ambientes com esses sons pode levar ao isolamento social e afetar a saúde mental.
- Irritação extrema ou raiva ao ouvir certos sons;
- Aumento da frequência cardíaca e tensão muscular;
- Necessidade de evitar lugares onde os sons gatilhos possam ocorrer;
- Respostas emocionais desproporcionais em relação ao estímulo.
Tratamentos e abordagens
Embora não exista cura definitiva, algumas técnicas ajudam a enfrentar os desafios da misofonia. A terapia cognitivo-comportamental e a dessensibilização podem ajudar a modificar reações emocionais negativas aos sons.
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC) – modifica respostas emocionais;
- Terapia de dessensibilização – reduz reações emocionais;
- Uso de ruído branco ou fones com cancelamento de ruído – minimiza a exposição;
- Mindfulness e técnicas de relaxamento – reduzem a ansiedade associada à misofonia.
Ainda que a misofonia não seja reconhecida oficialmente no DSM-5, é considerada uma condição neuropsiquiátrica com potencial de impactar significativamente quem a possui. Continuar a explorar tratamentos e compreender esse transtorno é crucial para melhorar a qualidade de vida dos afetados.
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