Renegociação de dívidas bate recorde extraordinário entre os bancos brasileiros
Depois do início do programa Desenrola Brasil, criado pelo governo federal para renegociação de dívidas, a soma de acordou tem batido recordes. Já foram renegociados R$15,8 bilhões em volume financeiro entre 17 de julho e 29 de setembro. O programa continua funcionando e deve durar até dezembro.
A renegociação de dívidas com condições facilitadas foi uma das promessas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha eleitoral. Todos os dias novas pessoas se tornam inadimplentes porque não conseguem pagar suas contas dentro do prazo. O programa foi criado justamente para atendê-las.
Volume de renegociação de dívidas
O programa Desenrola Brasil já renegociou R$ 15,8 bilhões desde julho. O sistema foi lançado naquele mês dando a oportunidade de que consumidores com renda acima de R$ 2,6 mil pudessem negociar as dívidas contraídas exclusivamente com os bancos. Essas pessoas foram chamadas de grupo da faixa 2.
Dívidas com cartão, empréstimo, financiamento, cheques e demais produtos bancários estão sendo negociados. Cabe ao próprio banco determinar a forma como o devedor pode pagá-lo. A grande maioria tem dado maior desconto para pagamento à vista, estimulando que os devedores coloquem fim ao débito de uma única vez.
6 milhões de pessoas que tinham o CPF com restrição foram principalmente beneficiadas. Isso porque, quando a dívida que negativou seu nome foi de até R$ 100, o consumidor conseguiu que a restrição fosse retirada. Esse foi um pedido do governo, e os bancos não deixarão de fazer a cobrança, mas não pode “sujar” o nome do cidadão por conta dela.
Bancos e governo comemoram sucesso da renegociação de dívidas. “A cada semana, o Programa Desenrola comprova ser instrumento importante na renegociação de dívidas bancárias, que beneficia as famílias brasileiras, e, ao mesmo tempo a economia brasileira”, avaliou Isaac Sidney, presidente da Febraban.
Como funciona o Desenrola Brasil
A renegociação de dívidas pelo Desenrola Brasil tende a ser mais vantajosa. Para isso, os consumidores da faixa 2 recebem descontos que chegam a mais de 90% do valor da sua dívida original. Além de corte na aplicação de multas e juros.
Faixa 1 começará as negociações em outubro. São pessoas que ganham no máximo R$ 2,6 mil ou estão no Cadastro Único, e que têm dívidas de até R$ 5 mil.
Canal para negociação muda dependendo da faixa que o consumidor está. A faixa 2 deve procurar o banco que está devendo, por telefone, na agência ou aplicativo. E a faixa 1 deve aguardar o lançamento de uma plataforma que será usada para os acordos.