Satélite flagra ‘maré de sangue’ no Brasil; entenda os riscos
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Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectaram uma extensa mancha avermelhada no mar do litoral paulista. O fenômeno, conhecido como maré de sangue, ocorre devido à alta concentração de microalgas, que podem comprometer a vida marinha e representar riscos à saúde humana.
A presença dessas algas altera o equilíbrio do ecossistema ao reduzir a quantidade de oxigênio na água, o que pode levar à mortalidade de peixes.
Além disso, as toxinas produzidas por esses organismos, quando absorvidas por moluscos e outros animais marinhos, podem afetar quem consome esses alimentos, causando desde desconfortos gastrointestinais até problemas respiratórios.
As informações são do G1.
Autoridades recomendaram suspensão do consumo de frutos do mar
Em agosto do ano passado, o Governo de São Paulo publicou uma nota técnica orientando a suspensão da comercialização e do consumo de moluscos bivalves – como mariscos, mexilhões e ostras – provenientes de áreas afetadas, incluindo Cananeia, Peruíbe e Praia Grande.
A recomendação foi feita como medida de precaução diante da presença de toxinas nas águas.
No entanto, imagens de satélite registradas entre dezembro e janeiro indicam que a concentração das microalgas já não está mais presente na região próxima a São Sebastião, conforme informou a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
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Impactos ambientais e riscos para a saúde
O fenômeno da maré vermelha é resultado do crescimento descontrolado de algumas espécies de algas microscópicas presentes no plâncton marinho, processo chamado de floração. Esse crescimento acelerado pode ser influenciado por fatores como a temperatura da água e o excesso de nutrientes provenientes do escoamento de resíduos urbanos e agrícolas.
Além dos impactos diretos à fauna marinha, as toxinas liberadas podem se dispersar no ar, causando irritações nas vias respiratórias de banhistas e moradores das áreas atingidas. Em alguns casos, pessoas expostas aos ventos que carregam essas partículas podem apresentar sintomas semelhantes a alergias.
Outro fator preocupante é a ingestão de frutos do mar contaminados. A toxina produzida por essas algas pode acumular-se em moluscos e crustáceos, oferecendo risco à saúde humana. Entre os sintomas mais comuns estão náuseas, vômitos e dores abdominais.
Por fim, a exposição prolongada a essas toxinas também pode causar efeitos neurológicos, como formigamento, perda de coordenação motora e, em casos mais graves, dificuldades respiratórias.
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